sábado, 29 de novembro de 2008

Culpa.


O sentimento de culpa é talvez o mais doloroso sentimento que alguma vez experimentei. Primeiro, sentimos o mundo e as pessoas a cair em cima de nós. Depois, o veneno da reprovação dos nossos próprios actos e o medo da nossa própria solidão percorre as veias e vai-nos matando aos poucos.
A crueldade das palavras insensatamente ditas magoa, a solidão causa um nó no coração e as lágrimas teimam em cair.
Sou um ser humano que sente. E porque sinto, apaixono-me pelas pessoas. O seu amor e amizade são vitais à minha existência, o carinho é necessário, mas o que fazer quando as pessoas que amo já não aceitam o carinho que demonstro por elas?
Admito que sou de extremos. Quando amo uma pessoa, demonstro-o talvez de uma forma exagerada, o que pode fazer com que a outra pessoa se canse. Quando isso acontece, magoo-me, afasto-me e quase trato mal essa pessoa, a ponto de ela achar que o que sentia passou e o amor deu lugar à indiferença. A culpa é totalmente minha, eu sei. Mas como reparar essa amizade?
O processo é difícil e demorado. É preciso restabelecer os traços de confiança que foram perdidos e apagar as mágoas para que a amizade temporariamente adormecida renasça.

Por enquanto, sou uma frágil criatura com o peso da culpa em cima dos ombros, observando a linha frágil entre a vida e a morte interior.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Eu aprendi.


Depois de algum tempo aprenderás a diferença, a delicada diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E aprenderás que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começarás a aprender que os beijos não são contratos e os presentes não são promessas.
E começarás a aceitar tuas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com o encanto de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprenderás a construir todas as tuas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o hábito de cair em meio ao vazio.
Depois de um tempo, aprenderás que o Sol queima se ficares exposto por muito tempo.
E aprenderás que não importa o quanto te importas, algumas pessoas simplesmente não se importam.
E aceitarás que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai ferir-te de vez em quando e precisarás de perdoá-la por isso.
Aprenderás que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobrirás que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que podes fazer coisas num instante, das quais te arrependerás pelo resto da vida.
Aprenderás que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que tens na vida, mas quem tens na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprenderás que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, perceberás que tu e o teu melhor amigo podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobrirás que as pessoas com quem mais te importas na vida são conquistadas por ti muito depressa, por isso devemos devemos despedir-nos das pessoas que amamos com palavras amorosas, pois pode ser a última vez que as vemos.
Aprenderás que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começarás a aprender que não te deves comparar aos outros, mas com o melhor que podes ser.
Descobrirás que é preciso muito tempo para te tornares a pessoa que queres ser, e que o tempo é curto.
Aprenderás que não importa onde já chegaste, mas para onde estás a ir, mas se não sabes para onde está a ir, qualquer lugar serve.
Aprenderás que, ou controlas os teus actos ou eles controlar-te-ão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, existem sempre dois lados.
Aprenderás que os heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências.
Aprenderás que ter paciência requer muita prática.
Descobrirás que algumas vezes a pessoa que esperas que te rejeite quando cais é uma das poucas que te ajudam a levantar.
Aprenderás que a maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste e o que aprendeste com elas do que com quantos aniversários celebraste.
Aprenderás que há mais dos teus pais em ti do que imaginas.
Aprenderás que nunca se deve dizer a uma criança que os sonhos são loucuras, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprenderás que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobrirás que só porque alguém não te ama da maneira que queres que ame, não significa que esse alguém não te ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprenderás que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo.
Aprenderás que com a mesma rigidez com que julgas, serás em algum momento condenado.
Aprenderás que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que o consertes.
Aprenderás que o tempo não é algo que possa voltar atrás.
Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperar que alguém te traga flores.
E aprenderás que realmente podes suportar... que és FORTE, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não podias mais.
E que realmente a vida tem valor e que TU tens valor diante da vida!
As nossas dádivas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.
William Shakespeare

[Não tenho andado com paciência para escrever, por isso deixo aqui um texto de William Shakespeare que me ensinou bastante durante as últimas semanas.]

quarta-feira, 19 de novembro de 2008


Era o sangue que se esvazia numa flor, aquele mar que nos traçou a estrada, uma doce miragem, num veleiro de ilusões, um sentimento onde soltei velas da memória e naveguei pela vida fora... um mastro de ilusões.
Uma manga cheia dos meus ideiais, a paz, a bonança, a catedral da minha fantasia... são vocês.

Autor: Bruno, a pessoa mais carinhosa e protectora que conheci até hoje.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Querida alma,

Hoje deslizo sobre o calor do sol e afundo na aura que me completa, a tristeza que te tem descrito. Sei que tens chorado imenso ultimamente e tens gritado inconscientemente para o interior de mim, mas tenho andado tão ocupada com outras coisas que às vezes esqueço-me que andas perdida, desculpa-me por isso, afinal és tu que me fazes sentir o olhar ardente e acolhedor das outras pessoas. Mas, alma minha, não chores hoje…guarda essas lágrimas para quando alguém te vier estender a mão e não puderes dar mais nada de ti. Esconde-te das feridas que te querem corroer aos poucos e fecha-te num local seguro do vento, da chuva, do Mundo, dos Homens tenebrosos e (i)mortais. (Re)acende essa alegria que sempre te caracterizou e pinta um arco-íris, com uma tinta qualquer, na face.Oh alma, entrega-te de uma vez à vida e sê como uma flor… Colecciona aromas e deixa-te levar pelas maravilhas do infinito e proezas deste azul do céu! Hoje escrevo-te apenas para te (re)lembrar que estou viva...
(favor visitar ^^)
(a ti Minha Cátia, Obrigada...tu sabes <3)

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Heart of Glass.


(...) Não podia viver sem coração. Pensou então em comprar um coração novo para substituir o que se partira. O antigo já estava gasto, com marcas das feridas mal cicatrizadas, sem conserto possível. As forças eram poucas para reeencontrar todos os pedacinhos perdidos e colá-los, um a um, como às peças de um puzzle incompleto. A sua recuperação iria custar-lhe muito mais. Contudo, era a forma mais digna e pura de ter um coração novo. Mesmo que imperfeito, era o seu coração, o SEU coração genuíno.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Saudade.


Certo dia ouvi que a saudade é a memória do coração. Esse sentimento intensifica-se, Nuno. O que acalma a dor de espírito é a certeza plena de que, estejas onde estiveres, estás feliz.
Sei que um dia reencontrarei esse teu sorriso, a tua voz e verei todos os teus sonhos e projectos realizados. Por enquanto as memórias enchem o coração de saudade.

Estarás sempre presente. Não partiste. Estás no coração de todos nós.

Descansa em paz.

domingo, 19 de outubro de 2008

Heart of glass.


"Criança ingénua". É assim que alguns me vêem. Obviamente que não me conhecem. Mas eu respeito a opinião de cada um, mesmo que ela magoe.
Ao contrário de vocês, não me considero como tal. Tenho uma explicação muito simples para o facto de me verem desse modo: acima de tudo, tento acreditar no lado bom das pessoas (que infelizmente é cada vez mais diminuto). Acredito que toda a gente o tem e tenho esperança que esse lado bom aumente em cada um de nós.
Por outro lado, por mais erros que uma pessoa cometa, aprendi a perdoá-los porque somos humanos e, queiramos ou não, erramos. Os erros fazem parte do nosso processo evolutivo, assim como a capacidade de perdoar e só um espírito grandioso consegue perdoar. Apesar de tudo, são as irregularidades que fazem de nós o que somos e é quando erramos que mais precisamos daqueles que amamos.
Chamem-me ignorante, idiota, estúpida, infantil, ingénua. Podem fazê-lo, mas não vão mudar a forma como eu vejo as coisas. Prefiro perdoar e viver livremente com o que me rodeia do que guardar rancor com hipocrisia.
Tenho um coração de vidro, é um facto. Ao mínimo toque, corro o risco que se parta. Por isso, aprendi a colar cada pedacinho até que não se notem as cicatrizes, ao invés de deixar as lascas espalhadas pelo chão para que a pessoa que o partiu as calque e se magoe.
Por isto, da próxima vez que me quiserem chamar "criança ingénua", perguntem-se quem tem razão, afinal.

Agora já me podes chamar "criança ingénua".


[Provavelmente acharás que, mais uma vez, estou a dramatizar. Talvez esteja. Admito que esse é um dos meus maiores defeitos. As únicas coisas que não gostei foram o tom agressivo em que me falaste e o facto de estar completamente fora de contexto porque, apesar da dor que me possa causar, gosto que me digam o que pensam com frontalidade. Contudo, não foste a primeira pessoa a dizer-me algo parecido, o que me levou a pensar que talvez tivesses razão. Mas não, não tens. Esse talvez seja um dos aspectos que mais conheço em mim.
Não te preocupes. Eu sei perdoar, lembras-te?]

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Opacidade Transparente.


Não disse nada porque nada havia para dizer,
Amordacei as horas por preencher.
Não disse nada porque nada havia para dizer,
Eventualmente o peito deixa de doer.
Hoje toquei num avião sem tirar os pés do chão.
Não me deixes ver para além de ti não faz sentido.

"Lição de Vôo Nº1", Linda Martini


[Porque adoro cada uma das maravilhosas letras das músicas deste grupo fabuloso.]

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Intensifica-te,


Enquanto te refugias no teu Mundo, a Vida é o que acontece lá fora.

Força, Partilha, Acredita, Ofereçe, Respeita, Persiste, Ouve, Liberta, Voa, Constrói, Perdoa, Cresce, Age, Brilha, Estima, Vence, Faz, Honra, Muda, Luta, Sorri, Agradece, Tolera, Sonha, Descobre, Cura, Vive, Cria, Resiste, Chora, Age,
Ama.

[Só porque hoje me apeteceu.]

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Espera


Atravesso sete mares de tempestades, movo-me ao sabor dos ventos mais fortes e tento fugir dessa estrada estreita que me guia a ti. Fujo de ti. Contudo, encontro-te em cada gota de orvalho matinal, em cada raio de sol e na magia do luar. A suavidade dos sentimentos prende-me à liberdade do pensamento. Estas algemas que trago agarraram-se às minhas mãos pela força do acaso. E a chave? A chave está algures perdida pelos atalhos em que te persegui. São apenas alguns pensamentos escondidos pelo romper da esperança. As palavras são poucas, o distanciamento é muito e a coragem não supera o medo.
Deixarei o meu coração a um canto até ele se esvaziar.


segunda-feira, 29 de setembro de 2008

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A seara


Acordou. Estava frio. Os lençóis de algodão davam-lhe o conforto que não tinha. Sentia o aroma a alfazema, da densa nuvem de incenso que tinha ficado da noite anterior. Olhou-se ao espelho. A sua pele pálida e o seu cabelo baço denotavam o ácido que lhe corria nas veias.
Subitamente, ouve um grito aterrorizante ao longe. A escuridão instala-se, as sombras movimentam-se freneticamente e os ecos soam cada vez mais alto. Os vidros quebram. O seu coração enfraquece à medida que as batidas aumentam. Os ecos são agora um ruído que lhe estremece os ouvidos e lhe gela o corpo. Sente-se cair num torvelinho melancólico de sentimentos que não param de a atormentar. Os gritos estão prestes a levá-la à loucura.
Ouve então a gargalhada inocente de uma criança. A pouco e pouco os fantasmas abandonam aquele espaço, os gritos cessam e o quarto é atravessado por um ténue raio de Sol matinal. O cheiro a caramelo invade-lhe o sentidos e desperta memórias de infância, esquecidas nos mais escondidos recantos do seu coração morto. A casa não lhe parecia mais a casa fantasmagórica do cume da montanha onde vivia. Era agora um casebre abandonado no meio das searas douradas, de onde se avistava a perfeita harmonia entre o céu e a terra. Agora sabia que o ruído não era mais que o grito dos seus pensamentos silenciados, que se descontrolavam. No limiar dessa tristeza encontrava-se a pureza dos tempos em que era ainda a menina de rosto tigueiro, com caracóis cor de âmbar e olhos brilhantes e cristalinos.
Acordou. Já não era mais a criança ingénua, de sorriso doce e transparente. Era apenas mais uma pobre alma convertida pelo silêncio e pelos espinhos da vida. Apenas mais uma alma solitária.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Três.


Já lá vão três meses. Três meses de dor, com a esperança de que voltasses e de que tudo não passasse de um pesadelo. Infelizmente isso não aconteceu e estou certa que só hoje me confrontei por completo com esta triste realidade.
Acordei com a necessidade de te rever. O dia estava chuvoso e cinzento, assim como o meu estado de espírito. Levei-te uma rosa, a 'piqueira' como uma vez lhe chamaste :') , como sinal de todo o carinho que sinto por ti.
Sei que algures lá no céu, um anjo cuida de nós. Um beijo, Nuno.

Descansa em paz.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Raio de Sol


Tenho um abrigo que me protege do mundo. Nesse abrigo nasceram flores, ao longo dos anos, que trazem luz e cor aos meus dias.
Certo dia acordei e vi uma pequena Margarida branca, de pétalas delicadas e harmoniosas. Tinha nascido naquela noite serena, enquanto eu sonhava com nuvens de algodão doce e brincava no escorrega do arco-íris.
Nessa mesma manhã fiquei a contemplar todas as flores do meu abrigo. Contei o meu sonho à minha Tulipa Amarela, que me ouviu e tocou o meu coração com as suas pétalas suaves, sorri aos Lírios, que nessa noite tinham me tinham cantado uma bonita canção de embalar, ouvi a Violeta, sempre sábia, que me contou uma história fascinante, brinquei com a Papoila e com o Jasmim, que me trouxeram muitas gargalhadas, olhei timidamente a Magnólia, cujas pétalas me ajudariam a tecer as minhas asas para voar mais longe e mais alto, caminhei por cima da relva macia, sempre pronta a reconfortar-me, e por fim lá estava a pequena Margarida branca.
Esta Margarida parecia-me muito pequenina e frágil, a ponto de ter medo de lhe tocar. Desde então, comecei a rega-la com todo o meu carinho e cuidado. Comprei-lhe um adubo, cujo saco dizia ‘Amor’, e trouxe-lhe a terra rica em sorrisos verdadeiros. Alguns dias mais tarde, tinha-se tornado numa graciosa flor, que emanava um sóbrio e doce perfume. O seu sorriso inocente adivinhava uma alma angelical e silenciosa.
Agora estás crescida, fazes parte do meu jardim e de lá jamais sairás. Preciso desse brilho que ilumina suavemente os meus olhos. É essa luz que ilumina parte dos meus dias.
Prometo que farei sempre o que puder para cuidar das tuas sedosas e gentis pétalas. E talvez um dia consiga fazer com que te tornes numa flor plenamente florescida e alegre.
Obrigada, minha querida Margarida, pelas horas passadas, pelos sorrisos, pelos abraços, pelas lágrimas, pela doçura, pelo carinho e sobretudo pela Amizade!

Amo-te, meu Raio de Sol.


(Hoje senti-te um pouco distante.)

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Obrigada ♥


(...) Porque tu és uma dessas luzes, uma das mais brilhantes; uma luz que consegue transformar-nos, porque junto a ti sentimo-nos únicos, porque junto a ti sentimo-no especiais, porque junto a ti um simples momento é uma ocasião especial.

Por todos os momentos que passamos, por todos os sorrisos, por todas as palavras sinceramente ditas e levadas pelo vento mas sempre recordadas no nosso coração, o sentimento que nos une não é uma simples amizade, mas sim uma forte ligação de sentimentos que envolve cada parte do meu ser. (...)

B'runo

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

C'


Certo dia, um anjo decidiu visitar-nos. Acariciou-nos com as suas asas de plumas brancas e protegeu-nos sob o seu manto de veludo dourado. Cada uma das suas palavras, reconfortantes e virtuosas, davam o apoio de que necessitávamos. E foi esse dia que mudou as nossas vidas.
A partir daí uma Amizade foi-se construindo e fortalecendo cada vez mais. O anjo era agora um Amigo, sempre pronto a ajudar e a ouvir.

A ti, minha querida, peço desculpa por todas as incertezas dos últimos dias. Se há coisa de que não me arrependo é de te ter confiado a maior parte dos meus segredos, medos e preocupações.
Iluminaste-nos os dias mais obscuros, soubeste trazer-nos os sorrisos mais mágicos e ensinaste-nos a verdadeira importância da união e Amizade. Um grande bem haja por tudo.
Depois de toda a tempestade, fiquei com a certeza de que foste mesmo isso... um anjo.
Finalmente pertences ao céu e ao mar e muitas coisas ficaram por dizer, mas a pureza das tuas palavras ficará guardada no meu coração até ao fim dos meus dias.

Serás sempre a minha irmã e, estejas onde estiveres, estarás a olhar por todos nós e permanecerás para sempre nos nossos corações. Nunca te esquecerei. Obrigada por seres aquilo que sempre foste: uma Amiga.
Até um dia.
Descansa em paz.


quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Dias.


Hoje é um dia confuso. Um dos mais confusos que tive até hoje.
Só preciso de algo verdadeiro à minha volta. Hoje tenho a Amizade de uma pessoa invisível aos olhos mas importante. O que virá amanhã? A incerteza leva-me a duvidar. Ouço gritos de outras pessoas, mas eu não os quero ouvir. Não consigo. Já não sei em que deva pensar para conseguir fechar os olhos. Sinto que a cabeça vai explodir mas o coração pesa ainda mais. As lágrimas não param de cair e de molhar a almofada. Sei que amanhã vou acordar com a cabeça a doer e já nem sequer sinto o meu corpo. Preciso de esquecer isto por momentos e adormecer o corpo e a mente. A alma permanecerá sempre acordada.

terça-feira, 12 de agosto de 2008


Friendship needs love. Love needs friendship.



[Fotografia da nossa autoria (minha e do meu melhor amigo)]

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Hoje '


Hoje é só mais um dia. Sei que, mais uma vez, vou deixar as lágrimas correr e deixar o sal entranhar-se na minha pele já gasta pelo sofrimento.
Hoje é só mais um dia. Sei que vou continuar a dizer palavras carinhosas que não chegam para demonstrar o que eu sinto pelas pessoas que amo.
Hojé é apenas mais um triste dia, como todos os outros. Sinto a garganta a doer. Este nó constante já mal me deixa respirar. Este vento gélido rasga-me a alma.
Estou exausta. Toda a aflição, toda a agonia, todo este desespero absorve-me o corpo e a mente. Já não suporto mais esta corrida contra o tempo. É difícil. Tenho medo.
Já gritei mas o ruído da dor abafa o som dos meus gritos.

Hoje ganhei coragem para escrever um pouco do que sinto.

sábado, 26 de julho de 2008

Sonho


Como em todas as noites, fui até à janela e olhei o céu. Estava uma daquelas noites estreladas e tranquilas. Senti o vento a bater no meu rosto e fechei os olhos. Parecia uma noite igual a tantas as outras. Permanecia o silêncio.
Voltei a abrir os olhos e reparei num ponto mais brilhante do que todos os outros. Podia ser uma miragem, ou um simples ser, mas quando olhei tive a certeza que eras tu.
Nessa noite deixei a janela entreaberta e adormeci. A noite continuou silenciosamente doce.
Finalmente aproximaste-te. Entraste sorrateiramente pela janela, pé ante pé, para eu não acordar. Senti a melodia da tua respiração, aquela música perfeita que me embala em sonhos. Tocaste delicadamente o meu corpo imóvel, inconsciente. Iluminaste o meu rosto com o teu brilho e beijaste-me a alma adormecida e calma.
Saiste pela janela. Voaste através da noite, à procura de algo ou de alguém.

Abri os olhos, muito lentamente e sorri. Mais uma vez entreguei-me ao prazer de sonhar contigo.
Invoquei o teu nome, invadiste-me o pensamento e voltei a adormecer.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Porquê?


Sigo por essa estrada de olhos vendados, à procura de algo que não sei bem o que é. À medida que vou caminhando, vou ouvindo o estalar das folhas secas caídas das árvores, que emanam um perfume a flores primaveris. Sento-me na beira da estrada, toco nos flocos de neve que caíram naquela manhã e sinto o calor escaldante da areia dos dias de Verão.
Confusa, é como eu me sinto. Há coisas que ainda não consigo entender, mas tenho quase a certeza que um dia vou perceber .

O Mundo não é confuso. As pessoas é que são confusas.

sábado, 19 de julho de 2008

Pegadas na Areia


Já passei por muitas coisas na vida. Todos os dias vou deixando as minhas pegadas na areia. Algumas ficam bem gravadas, outras apagam-se com o bater das ondas. Por vezes a linha deixada pelas minhas pegadas cruza-se com outras. Vou aprendendo com as feridas nos pés, deixadas pelas conchas.
Uma vez ou outra, sinto-me sem vontade para continuar o meu caminho e então olho em meu redor para descobrir onde quero ir. É difícil trilhar o meu destino sozinha. Mas descubro sempre algo novo. Basta ter os olhos bem abertos. E volto à minha lenta caminhada. A música calma do oceano dá-me a energia necessária para continuar...
Hoje descobri que nasci para caminhar na areia.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Sentido


Dizem que tudo na vida tem um sentido e sem ele não haveria motivos para continuar a viver. A vida proporciona sorrisos e lágrimas, magoa-nos e ignora-nos, mas dá-nos coragem para sonhar e alcançar tudo aquilo que julgávamos perdido. A vida põe-nos à prova num mundo de preconceitos.
De uma coisa eu tenho a certeza. Todos os dias sigo o meu caminho e deixo as minhas pegadas. Às vezes surgem obstáculos. Outras vezes tenho de seguir as pegadas de outros que por ali passaram antes. De repente o caminho conduz-me a um uma cruzilhada e aí tenho de escolher uma saída. Mas qual? Tenho medo de ir ter a um beco sem saída e de não poder voltar atrás.
A verdade é que a vida continua a passar. Vejo apenas o horizonte. Mas o que estará para além do horizonte? É uma dúvida que me tem assaltado a mente nos últimos dias.

Tenho sonhos. O curioso é que ainda continuo sem saber qual o sentido da minha vida e, mais curioso ainda, é que, quando não tinha de cumprir regras, a vida tinha muito mais sentido.
Qual é afinal o sentido da vida?

[Sinto um misto de nervosismo e ansiedade. Tenho exame de Física e Química A daqui a umas horas... :S]

quinta-feira, 10 de julho de 2008

'


Sento-me na areia. Vejo o mar azul e o céu com tons de um rosa alaranjado, separados pela linha do horizonte. Sinto a brisa que traz a maresia e alguns grãos de areia. Toco nas conchas e nas pedras redondas ali deixadas pelo mar. Sinto a água gélida a molhar os meus pés, calma e ritmadamente. Ouço as gargalhadas de duas crianças a fazer um castelo de areia mesmo ali à beira. Olho para as nuvens e vejo um papagaio colorido quase a tocá-las. Escuto o bater das ondas. Os meus pensamentos voam como as gaivotas que por ali passam.
E é aqui neste lugar tranquilo que te encontro. Mesmo que não seja física, sinto ali a tua presença.
Acompanhas-me noite e dia, para onde quer que vá.

A tua força é bem maior que a das ondas do mar e o teu sorriso bem mais belo que o Sol. Entraste nas nossas vidas há tão pouco tempo e já se criaram laços bem poderosos. Conquistaste um lugar nos nossos corações.

Contigo aprendi que a Perfeição existe.
Obrigada por tudo.

As melhoras, Amiga.
Um beijo gigante.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Estrela Brilhante

Quando olho para o céu e vejo os milhares de milhões de estrelas pintadas naquele manto de veludo negro, penso que está lá alguém a olhar para mim, a dar-me forças e a proteger-me. Sussurro-te que um dia encontrar-te-ei. Vejo o teu sorriso naquela estrela junto à lua e aí o Universo parece-me insignificante. Talvez um dia possa voar pela noite, visitar-te e viver junto de ti.

domingo, 6 de julho de 2008

C'


Porque há dias em que a vontade de acordar não é nenhuma e hoje é um dia desses.
Vais ficar bem.
Beijinho.

Labirinto


Passeando sob a sombra de àrvores, cujos picos tocavam as nuvens, e colhendo flores de todas as cores, encontrei-te. Estavas perdida no meio daquele nevoeiro cerrado. Lembro-me da tua expressão assustada e vazia, quando me viste. Uma vez disseste-me que acreditavas na liberdade todos os dias. Era esta liberdade que tanto procuravas? A liberdade é poder-se fazer tudo por si, e tu não és livre!
Agora sinto-te desorientada e presa nesse labirinto em que entraste e do qual não consegues sair. Já procurei a saída mas foi em vão. Eu sei que a saída está lá, mas ainda não a encontrei. Estou exausta. Por favor, não me faças entrar aí dentro, senão seremos duas almas perdidas no espaço e no tempo.
Olha para trás. Vês aquela luz muito pequenina? Eu sei que não consegues ver. A tua visão está toldada pelas lágrimas que tendem a cair incessantemente, mas a luz existe. Aproxima-te mais um pouco e repara no seu brilho. Ela pode guiar-te. Basta quereres. Só tens de seguir o teu caminho. A tua bússola é o teu coração. Orienta a tua vida! FORÇA.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Amizade

Um dia a maioria de nós irá separar-se. Sentiremos saudades de todas as conversas (...), das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhamos. Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim… do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida. Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe…nas cartas que trocaremos. Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices… Aí, os dias vão passar, meses…anos… até este contacto se tornar cada vez mais raro. Vamo-nos perder no tempo…. Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:
- “Quem são aquelas pessoas?”
Diremos…que eram nossos amigos e… isso vai doer tanto!

“Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!”

A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente.
Quando o nosso grupo estiver incompleto…
reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo. E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos. Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado. E perder-nos-emos no tempo.
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades…. Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!

Fernando Pessoa


Estas palavras tocaram-me e inundaram o meu rosto com lágrimas. Quero-vos na minha vida para sempre, AMIGOS.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

A ti,

A intemporalidade faz-nos perder por aí. Pelo jardim a coleccionar aromas, pela praia e levar a brisa no bolso. Às vezes, ainda nos perdemos por essas janelas que se avistam daqui. As janelas desses bairros, perdidos nas grandes cidades, escondidas pelo fumo da pressa e da riqueza. A tristeza é um estado de alma que apodrece o sorriso e então, no meio de todo esse fumo já não existem janelas, ou bairros, ou tolerância para nos perdermos. Quando há tristeza, só há escuridão, uma escuridão significativamente forte para ter a capacidade de apodrecer os sentidos. Mas…nem tudo é mau. No meio de tantos sentimentos negros, apareceu, no meio daquele fumo um raio de sol…uma luz que, aos poucos, me foi dando a visão. Uma luz que neste momento, é dos poucos candeeiros daquele bairro, do meu bairro chamado “Tristeza”. A ti, minha luz, meu raio de sol, agradeço intensamente por teres iluminado um pouco a minha rua. Agradeço por te teres acendido num momento bem próprio, e te ires reafirmando cada vez mais no candeeiro da minha rua. Aos poucos, e com o teu carinho, vais conseguindo dar mote para o renascimento dos meus sentidos enterrados nesta terra debaixo do bairro da tristeza.

A menina do,http://without-feelings.blogspot.com



C'


Uma simples troca de palavras que resultou num acumular de confidências.
Um beijinho, C'

domingo, 29 de junho de 2008

Estrelinha


Esta noite teve de tudo: dois concertos, multidão em euforia, originalidade e criatividade, gritos e palmas, brincadeiras e birras, memórias e saudade, sorrisos e amizade. No final procurei a lua e não a encontrei. Talvez estivesse perdida algures, tentando levar sonhos às pessoas adormecidas que não estavam ali connosco.
Cheguei a casa. Abri a janela do meu quarto e vi-a, tão brilhante e bonita naquele céu escuro, a fazer companhia às estrelas. Reparei numa estrela muito brilhante, junto à lua. Fiquei a contemplar a sua beleza e, com saudade, enviei-lhe um beijo de boa noite que voou pela escuridão.

Descansa em paz.