sábado, 29 de novembro de 2008

Culpa.


O sentimento de culpa é talvez o mais doloroso sentimento que alguma vez experimentei. Primeiro, sentimos o mundo e as pessoas a cair em cima de nós. Depois, o veneno da reprovação dos nossos próprios actos e o medo da nossa própria solidão percorre as veias e vai-nos matando aos poucos.
A crueldade das palavras insensatamente ditas magoa, a solidão causa um nó no coração e as lágrimas teimam em cair.
Sou um ser humano que sente. E porque sinto, apaixono-me pelas pessoas. O seu amor e amizade são vitais à minha existência, o carinho é necessário, mas o que fazer quando as pessoas que amo já não aceitam o carinho que demonstro por elas?
Admito que sou de extremos. Quando amo uma pessoa, demonstro-o talvez de uma forma exagerada, o que pode fazer com que a outra pessoa se canse. Quando isso acontece, magoo-me, afasto-me e quase trato mal essa pessoa, a ponto de ela achar que o que sentia passou e o amor deu lugar à indiferença. A culpa é totalmente minha, eu sei. Mas como reparar essa amizade?
O processo é difícil e demorado. É preciso restabelecer os traços de confiança que foram perdidos e apagar as mágoas para que a amizade temporariamente adormecida renasça.

Por enquanto, sou uma frágil criatura com o peso da culpa em cima dos ombros, observando a linha frágil entre a vida e a morte interior.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Eu aprendi.


Depois de algum tempo aprenderás a diferença, a delicada diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E aprenderás que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começarás a aprender que os beijos não são contratos e os presentes não são promessas.
E começarás a aceitar tuas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com o encanto de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprenderás a construir todas as tuas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o hábito de cair em meio ao vazio.
Depois de um tempo, aprenderás que o Sol queima se ficares exposto por muito tempo.
E aprenderás que não importa o quanto te importas, algumas pessoas simplesmente não se importam.
E aceitarás que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai ferir-te de vez em quando e precisarás de perdoá-la por isso.
Aprenderás que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobrirás que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que podes fazer coisas num instante, das quais te arrependerás pelo resto da vida.
Aprenderás que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que tens na vida, mas quem tens na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprenderás que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, perceberás que tu e o teu melhor amigo podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobrirás que as pessoas com quem mais te importas na vida são conquistadas por ti muito depressa, por isso devemos devemos despedir-nos das pessoas que amamos com palavras amorosas, pois pode ser a última vez que as vemos.
Aprenderás que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começarás a aprender que não te deves comparar aos outros, mas com o melhor que podes ser.
Descobrirás que é preciso muito tempo para te tornares a pessoa que queres ser, e que o tempo é curto.
Aprenderás que não importa onde já chegaste, mas para onde estás a ir, mas se não sabes para onde está a ir, qualquer lugar serve.
Aprenderás que, ou controlas os teus actos ou eles controlar-te-ão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, existem sempre dois lados.
Aprenderás que os heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências.
Aprenderás que ter paciência requer muita prática.
Descobrirás que algumas vezes a pessoa que esperas que te rejeite quando cais é uma das poucas que te ajudam a levantar.
Aprenderás que a maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste e o que aprendeste com elas do que com quantos aniversários celebraste.
Aprenderás que há mais dos teus pais em ti do que imaginas.
Aprenderás que nunca se deve dizer a uma criança que os sonhos são loucuras, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprenderás que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobrirás que só porque alguém não te ama da maneira que queres que ame, não significa que esse alguém não te ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprenderás que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo.
Aprenderás que com a mesma rigidez com que julgas, serás em algum momento condenado.
Aprenderás que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que o consertes.
Aprenderás que o tempo não é algo que possa voltar atrás.
Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperar que alguém te traga flores.
E aprenderás que realmente podes suportar... que és FORTE, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não podias mais.
E que realmente a vida tem valor e que TU tens valor diante da vida!
As nossas dádivas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.
William Shakespeare

[Não tenho andado com paciência para escrever, por isso deixo aqui um texto de William Shakespeare que me ensinou bastante durante as últimas semanas.]

quarta-feira, 19 de novembro de 2008


Era o sangue que se esvazia numa flor, aquele mar que nos traçou a estrada, uma doce miragem, num veleiro de ilusões, um sentimento onde soltei velas da memória e naveguei pela vida fora... um mastro de ilusões.
Uma manga cheia dos meus ideiais, a paz, a bonança, a catedral da minha fantasia... são vocês.

Autor: Bruno, a pessoa mais carinhosa e protectora que conheci até hoje.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Querida alma,

Hoje deslizo sobre o calor do sol e afundo na aura que me completa, a tristeza que te tem descrito. Sei que tens chorado imenso ultimamente e tens gritado inconscientemente para o interior de mim, mas tenho andado tão ocupada com outras coisas que às vezes esqueço-me que andas perdida, desculpa-me por isso, afinal és tu que me fazes sentir o olhar ardente e acolhedor das outras pessoas. Mas, alma minha, não chores hoje…guarda essas lágrimas para quando alguém te vier estender a mão e não puderes dar mais nada de ti. Esconde-te das feridas que te querem corroer aos poucos e fecha-te num local seguro do vento, da chuva, do Mundo, dos Homens tenebrosos e (i)mortais. (Re)acende essa alegria que sempre te caracterizou e pinta um arco-íris, com uma tinta qualquer, na face.Oh alma, entrega-te de uma vez à vida e sê como uma flor… Colecciona aromas e deixa-te levar pelas maravilhas do infinito e proezas deste azul do céu! Hoje escrevo-te apenas para te (re)lembrar que estou viva...
(favor visitar ^^)
(a ti Minha Cátia, Obrigada...tu sabes <3)