
"Criança ingénua". É assim que alguns me vêem. Obviamente que não me conhecem. Mas eu respeito a opinião de cada um, mesmo que ela magoe.
Ao contrário de vocês, não me considero como tal. Tenho uma explicação muito simples para o facto de me verem desse modo: acima de tudo, tento acreditar no lado bom das pessoas (que infelizmente é cada vez mais diminuto). Acredito que toda a gente o tem e tenho esperança que esse lado bom aumente em cada um de nós.
Por outro lado, por mais erros que uma pessoa cometa, aprendi a perdoá-los porque somos humanos e, queiramos ou não, erramos. Os erros fazem parte do nosso processo evolutivo, assim como a capacidade de perdoar e só um espírito grandioso consegue perdoar. Apesar de tudo, são as irregularidades que fazem de nós o que somos e é quando erramos que mais precisamos daqueles que amamos.
Chamem-me ignorante, idiota, estúpida, infantil, ingénua. Podem fazê-lo, mas não vão mudar a forma como eu vejo as coisas. Prefiro perdoar e viver livremente com o que me rodeia do que guardar rancor com hipocrisia.
Tenho um coração de vidro, é um facto. Ao mínimo toque, corro o risco que se parta. Por isso, aprendi a colar cada pedacinho até que não se notem as cicatrizes, ao invés de deixar as lascas espalhadas pelo chão para que a pessoa que o partiu as calque e se magoe.
Por isto, da próxima vez que me quiserem chamar "criança ingénua", perguntem-se quem tem razão, afinal.
Agora já me podes chamar "criança ingénua".
[Provavelmente acharás que, mais uma vez, estou a dramatizar. Talvez esteja. Admito que esse é um dos meus maiores defeitos. As únicas coisas que não gostei foram o tom agressivo em que me falaste e o facto de estar completamente fora de contexto porque, apesar da dor que me possa causar, gosto que me digam o que pensam com frontalidade. Contudo, não foste a primeira pessoa a dizer-me algo parecido, o que me levou a pensar que talvez tivesses razão. Mas não, não tens. Esse talvez seja um dos aspectos que mais conheço em mim.
Não te preocupes. Eu sei perdoar, lembras-te?]